Em 1978 ou 79 morava na Av. Estados Unidos da América uma grande amiga minha, completamente doida por Paul Newman. Doidinha daquelas de ter a cara dele “espetada” por todo o lado, como eu tinha a de Monty Clift.
Porque seria, pensava eu? E discutia com ela… Que ele era estranho, “seco”, antipático e – pecado dos pecados – louro! Tal paixão era incompreensível para mim.
Mais tarde, já adulta, passou a ser incompreensível não gostar dele. Newman era uma pessoa única, inteligente, reservada, fiel, filantropa e extremamente talentosa. E, graças à amiga que nunca mais vi, não havia dia em que eu passasse na Av. Estados Unidos, que ele não me assaltasse os pensamentos… Era ele o único actor a ter uma Avenida só sua! Porque raio não gostaria eu dele?
No mês passado comprei a revista Vanity Fair, disposta a ler o grande artigo sobre Newman. Disposta a, por fim, fazer as minhas pazes com ele.
Deliciei-me a desfiar a sua vida de gigante. E pronto… finalmente aprendi a gostar de Paul Newman!
Soube há pouco que morreu e sinto agora um grande vazio.
Ficou a sua – minha – Avenida mais triste.
Newman também habitava em Lisboa.
2 comentários:
Gostei muito desta evocação do Paul Newman. Cumpts.
Obrigada! :-)
Abraço
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