sábado, 22 de dezembro de 2007

Natal com sentido

O Natal só tem sentido se fizermos alguém feliz, ou pelo menos se fizermos sorrir. Não o digo com palavras vazias porque o pratico.
Se o nosso Natal – e a nossa vida já agora – provocar alegria ou riso em mais alguém já não terá sido em vão. E tudo o resto são balelas!
O Natal não é bonito ou solidário se ficamos à espera que tudo venha dos outros.
Vá lá... Nem que façam como aquele tipo nos Estados Unidos que se pôs a oferecer abraços gratuitos a todos os que passavam na rua! E quem não gosta de um forte abraço?

Feliz Natal a todos!
Um forte abraço
Luciana

Gaudi e Tim Burton

Desde o primeiro momento em que conheci Barcelona – mais concretamente a obra de Gaudi espalhada um pouco por todo o lado – fiquei irremediavelmente rendida.
Tal com afirmava o genial arquitecto, a originalidade consiste no regresso à origem. Entendo aqui este conceito como algo mais alargado e abstracto que o habitual. Quer apelando à origem das coisas mais simples da natureza, quer à origem dos “cantinhos” mais autênticos e mágicos dentro de nós, o trabalho de Gaudi não pode deixar de impressionar.

Quando, numa quente noite de 1998 – e já lá vão quase dez anos! – me detive pela primeira vez em frente da entrada do Templo da Sagrada Família, senti um impacto emocional e físico que nunca tinha sentido perante nenhuma construção humana. Era como se estivesse num planeta de silhuetas bizarras e disformes; surpreendentemente mágicas e harmoniosas no seu caos visual. Nesse mesmo momento fiz uma associação imediata com o trabalho cinematograficamente mágico e bizarro do igualmente genial Tim Burton. Era como estar em frente à casa de uma das suas personagens ou de um dos seus cenários retorcidos, encaracolados e fantasmagóricos. Tive a sensação que se mergulhasse naquela fachada encontraria por certo um Eduardo Mãos de Tesoura ou um Jack Skeleton. Era a perfeita união entre o mais profano e o mais sagrado.
No fundo o que Gaudi fez foi “simplesmente” despertar os meus sentidos mais aguçados; os meus sentimentos mais autênticos. Só isso bastou para que a paixão fosse imediata e incondicional.
Como terapia para todos recomendo então em banho de Gaudi na mágica e quente – em todos os sentidos – cidade de Barcelona.

E viva Gaudi!

Pink Martini – Transatlântico imaginário

A minha melhor terapia contra o "stress", nos últimos tempos, tem sido a música dos Pink Martini. Descobri-os este Verão num programa da RTPN e desde aí não quero outra vida.
Ouvi-los é como estar a bordo dum enorme transatlântico, suspenso algures no tempo e no espaço. A sua cuidadosa selecção de temas dos anos 30, 40 ou 50 do século passado cria um maravilhoso ambiente de harmonia e magia.
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Música New Age para quê? Esta é terapia 5 estelas. E sem enjoos, pânicos ou delírios pelo caminho!
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domingo, 2 de dezembro de 2007

É pura magia…

Ver o “velho” e sempre esvoaçante Fred Astaire, com a sua Ginger Rogers, a dançar o maravilhoso “Night and Day” de Cole Porter (qual será o título português do filme “The Gay Divorcée”?)…

Bons velhos tempos aqueles em que a televisão portuguesa nos enchia os olhos e o coração com os maravilhosos clássicos de Hollywood!
Agora… vivam o DVD e o YouTube!

Disney para todos e à frente do seu tempo

Agora que – finalmente! - todos falam das alterações climáticas e do respeito pela Terra, dá-me vontade de recordar as sábias letras das canções de filmes como O Rei Leão ou Pocahontas.
Lendo-as compreendemos que – sem moralismos, intenções ocultas ou grandes rasgos – está tudo lá… Compreendemos também que os filmes Disney nunca foram apenas para crianças.

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Colors of the Wind

Banda Sonora Original (versão original) - Pocahontas

You think you own whatever land you land on
The earth is just a dead thing you can claim
But I know every rock and tree and creature
Has a life, has a spirit, has a name

You think the only people who are people
Are the people who look and think like you
But if you walk the footsteps of a stranger
You'll learn things you never knew you never knew

Have you ever heard the wolf cry to the blue corn moon
Or asked the grinning bobcat why he grinned ?
Can you sing with all the voices of the mountain ?
Can you paint with all the colors of the wind ?
Can you paint with all the colors of the wind ?

Come run the hidden pine trails of the forest
Come taste the sun-sweet berries of the earth
Come roll in all the riches all around you
And for once, never wonder what they're worth
The rainstorm and the river are my brothers
The heron and the otter are my friends
In a cirle, in a hoop that never ends

Have you ever heard the wolf cry to the blue corn moon
Or let the eagle tell you there he's been
Can you sing with all the voices of the mountain ?
Can you paint with all the colors of the wind ?
Can you paint with all the colors of the wind ?

How high does the sycamore grow ?
If you cut it down, then you'll never know

And you'll never hear the wolf cry to the blue corn moon
For whether we are white or copper-skinned
We just sing with all the voices of the mountain
Need to paint with all the colors of the wind
You can own the earth and still
All you'll own is earth until
You can paint with all colors of the wind

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Circle of Life

Música - Elton John
Letra - Tim Rice
Banda Sonora Original (versão original) - The Lion King

From the day we arrive on the planet
And blinking, step into the sun
There's more to be seen than can ever be seen
More to do than can ever be done

Some say eat or be eaten
Some say live and let live
But all are agreed as they join the stampede
You should never take more than you give

In the circle of life
It's the wheel of fortune
It's the leap of faith
It's the band of hope
Till we find our place
On the path unwinding
In the circle, the circle of life

Some of us fall by the wayside
And some of us soar to the stars
And some of us sail through our troubles
And some have to live with the scars

There's far too much to take in here
More to find than can ever be found
But the sun rolling high through the sapphire sky
Keeps great and small on the endless round

Um milagre chamado YouTube

Quando abri pela primeira vez – já lá vão mais de dez anos - a janela do meu micro mundo para o gigantesco universo da Net, foi como se assistisse a um milagre. De repente, “através” da minha secretária e dentro deste pequeno país, tudo parecia possível de ver e obter. Tudo era fascinante, empolado pelo encantamento e pela inocência que só têm as primeiras vezes.

Passados estes anos a percorrer tantas estradas virtuais confesso que, embora continue a considerar a Net a melhor invenção humana – o culminar de séculos de brilhantismo no sentido da universalidade – já pouca coisa me deixa verdadeiramente fascinada… Pouca coisa desde que não se trate do YouTube!

Descobrir – e redescobrir – todas as emoções da infância, do nosso percurso de vida; ouvir e ver pela primeira vez pessoas e coisas que passam automaticamente a referência; partilhar intermináveis emoções… Tudo tem sido para mim mais um milagre dentro do milagre. Um mundo inesgotável de pequenas felicidades. É o conforto das artes na sua expressão mais demonstrativa.

Confesso que passo semanas em que – na Net - só vou mesmo ao YouTube. Está tudo lá. É como na farmácia! :-)