domingo, 8 de novembro de 2009

Memória dos verões perdidos

Ao lembrar os belos sabores da minha infância, veio-me à memória um lugar que já não existe: A Costa de Caparica que lhes serviu de cenário.
-A minha Costa era esta: com um areal imenso, com muitos vestígios da terra piscatória e pequenas casas veraneantes.
Era a Costa do Teatro dos Robertos, a rebentar com a escala da gritaria; das belas bolas de Berlim, saídas da mala apertadinha; da grande praia do Bexiga, onde não me cansava de rebolar; do cinema já velhinho, onde me sorria a pretinha da Sical.
Era o tempo da velha Rádio da Costa, sempre a tocar e a anunciar as últimas novidades, dum país mil vezes mais português que europeu.

Voltar à Costa agora já não é voltar à Costa. É visitar um lugar totalmente estranho.

E não há Polis que pague as memórias vivas que nos foram arrancadas.
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4 comentários:

Bic Laranja disse...

O Pólis é uma enxertia de gandes negócios para cidades plastificadas. No género, prefiro o Lego; é mais inocente.
Cumpts.

caparica disse...

faço minhas as suas palavras Luciana,obrigado! de facto a costa da minha infância já não existe,é o (como eles dizem)"progresso"...,dinheiro no bolso,é o que é!!

carla disse...

Olá. O meu nome é carla ferreira e sou jornalista. Estou a preparar um tema sobre as memórias de verão na juventude. Será que gostaria de falr comigo acerca das suas? diga-me qualquer coisa para o carlotinhaleal@gmail.com ou para o 21 434 04 18.

Culto do Vinil disse...

A Costa está um antro de criminosos, sou da costa, trabalho na costa, moro na costa e o laranja é meu primo, a praia do bexiga são recordações.

O Polis bem isso dá-me vontade rir.

Raimundo
Bairro dos Pescadores