Tal como previsto, ontem o sol nasceu. Tal como o previsto, a noite chegou com uma imensa lua cheia. Tal como previsto, entre uma coisa e outra, toda a gente continuou a sua vida. Toda a gente menos tu, querido amigo.
Gostava de saber escrever – saber realmente, como tu – para te honrar com palavras. Mas eras tu o mestre. Eu sou apenas tua amiga. Sou e serei. Ainda que não te possa mais ver. Ver os teus olhos sempre tão postos em tudo.
Estou muito grata pela lembrança de tudo o que foste. Pela tua imensa generosidade e atenção comigo; pela tua total abertura aos outros.
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Se a justiça da vida não fosse totalmente aleatória, a Lua ontem teria nascido a chorar. Ou talvez não… A lua ontem, em tua homenagem, nasceu mais linda do que alguma vez a vi.
E, sabes, querido amigo, à noite deu mais um filme do Oliveira. Mas disso já não vou poder falar contigo...
E, sabes, querido amigo, à noite deu mais um filme do Oliveira. Mas disso já não vou poder falar contigo...
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A tua imensa alma libertou-se do corpo que já não a honrava.
A tua imensa alma libertou-se do corpo que já não a honrava.
Fica-se-me esta dura saudade de tudo o que não chegámos a fazer.
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